quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Infertilidade e Endometriose

Antes de continuar com a parte boa da história, gostava de falar sobre dois assuntos: A Infertilidade e a Endometriose.
INFERTILIDADE
A verdade é que viver a infertilidade foi certamente dos momentos mais difíceis das nossa vidas e também dos mais marcantes. Sim, porque quem não passa por ela, não sabe o que é, nem consegue sequer imaginar pelo que se passa. Acham apenas que é stress e ansiedade, não entendem que a infertilidade é uma doença e que infelizmente está a afectar cada vez mais casais.
Os amigos e familiares tendem a afastar-se e nem sequer perguntam se estamos bem....porquê?
Porque não sabem lidar com a situação, não sabem o que dizer, e os que o fazem dizem aquilo que jamais um casal infértil quer ouvir..."vai de férias". Sim como se ir de férias para uma praia paradisíaca significá-se deixar lá a infertilidade e trazer um bebe em troca.
Agora mesmo depois de termos o Martim, a infertilidade continua sempre presente nas nossas vidas, não se esquece o que se viveu, os maus momentos, mas uma coisa é certa, aprendemos muito e agora ao olhar para o passado e a vivermos o presente, cada vez mais tenho certeza que tudo valeu a pena.

"Mais importante do que o caminho que se percorre é o resultado satisfatório" (Yogi Bhajan)

ENDÓMETRIOSE
Também esta "amiga" é uma doença que nos dificultou a gravidez. Para quem não sabe e muito resumidamente, a Endometriose consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. O endométrio é a camada interna do útero que é renovada mensalmente pela menstruação.
É uma doença para a qual não existe cura, apenas pode ser controlada de forma hormonal ou cirurgicamente.
Mas para quem estiver interessado e queira saber um pouco mais pode espreitar o site: http://www.aspoendo.org/
Sobre este assunto infelizmente já há muito a dizer e para saber.
Esta foi outra triste realidade com que nos deparamos durante todo o processo e que me obrigou a recorrer a cirurgia para retirar o quisto que estava no ovário esquerdo. Felizmente salvaram o ovário, apesar de não funcionar a 100% e não tinha aderências na altura.
E pronto agora que já dei a conhecer a parte menos boa da nossa história, espero que daqui para a frente só tenha coisas boas para vos contar, o que não quer dizer que este blog também não vá servir para os desabafos menos bons.
Beijos
Sofia

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